quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Os Nutrientes da Felicidade


SMART NUTRIENTS AUXILIAM NO COMBATE E NA PREVENÇÃO DE PROBLEMAS EMOCIONAIS COMO A DEPRESSÃO, QUE PODE LEVAR ATÉ MESMO À MORTE
Preocupações financeiras, insatisfações com o emprego, crise nos relacionamentos afetivos, correria do dia a dia. A carga de tensão recebida principalmente na fase adulta é tanta, que faz o nível de estresse ultrapassar os limites genéticos de resistência do homem, podendo levar à depressão. Hoje, porém, a ciência nos apresenta um novo olhar sobre como lidar melhor com as emoções humanas. Tratam-se dos chamados smart nutrients (nutrientes inteligentes) e de seu poder de ação em nosso cérebro na prevenção e no tratamento de distúrbios emocionais. Entenda melhor esses problemas psicológicos e saiba como os alimentos nos quais os smart estão presentes podem te ajudar a combatê-los.
Estresse é sinônimo de desgaste, seja ele físico - aparecendo em momentos em que a pessoa está forçando o corpo acima do que pode suportar - como psicológico. No segundo caso, os motivos desencadeadores podem ser estressores externos (trânsito, medos e perda de entes queridos) ou internos (perfeccionismo e negativismo, por exemplo). Quando um indivíduo está estressado, seu organismo libera a substância catecolamina e o hormônio cortisol. A primeira pode causar taquicardia, sudorese e aumento da pressão arterial. O segundo faz com que a imunidade diminua, deixando o corpo suscetível a infecções ou até mesmo tumores. “Em casos extremos, o estresse chega até mesmo a matar”, alerta a psicóloga clínica Denise Borges.
Um dos efeitos decorrentes do estresse é o início ou o agravamento da depressão. “Uma pessoa que está continuamente estressada pode vir a ficar deprimida”, explica o médico psiquiatra e psicoterapeuta Waldemar de Oliveira Jr., que atua no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. O quadro é diagnosticado quando se apresenta, por mais de duas semanas, sintomas como tristeza, apatia, irritabilidade, dificuldade de concentração, negativismo, alterações do ciclo do sono e do apetite, tudo isso sem um motivo aparente ou proporcional. “Não se sabe exatamente o que acontece no sistema nervoso central, mas é certo que os neurotransmissores estão envolvidos”, afirma Oliveira Jr.
Os neurotransmissores são o meio pelo qual os neurônios cerebrais se comunicam e trabalham incessantemente para garantir nossa cota diária de felicidade. Um dos maiores desafios do cérebro é modular sua ação, uma vez que quando em excesso ou carência causam alterações. Os mais importantes deles são a serotonina, a noradrenalina e a dopamina. A primeira tem ainda mais destaque, pois é a ela principalmente que devemos nossa alegria e bem-estar.
Muitos são os que pensam que quando estamos deprimidos é por causa da ausência dessas substâncias no organismo. “Na verdade, elas não estão em falta, mas os sistemas serotoninérgico (neurotransmissor da serotonina), noradrenégico (neurotransmissor da noradrenalina) e dopameninégico (neurotransmissor da dopamina) estão funcionando menos do que deveriam”, esclarece o psiquiatra. Os antidepressivos agem aumentando a atividade desses sistemas.
Mas não são apenas os remédios que possuem essa virtude. Por parecerem a solução mais rápida e fácil, hoje as pessoas buscam primeiro os medicamentos, necessários em alguns casos, mas não sempre. A maioria delas não sabe que seria mais positivo recorrer inicialmente a práticas alternativas, como uma alimentação saudável. “Além de favorecer a prevenção do desgaste emocional, a alimentação também pode amenizar os seus sintomas”, diz a nutricionista Renata Kitade, que trabalha como voluntária no Hospital das Clínicas, dentro do Ambulatório Integrado dos Transtornos do Impulso (AMITI).
É nesse ponto que entram os smart nutrients - vitaminas, minerais, aminoácidos e gorduras que vêm apresentando uma ação positiva sobre os códigos de funcionamento do cérebro. “Eles também trabalham como antioxidante, combatendo o excesso dos radicais livres, que contribuem para o envelhecimento celular”, lembra Kitade. A lista desses alimentos é extensa e a todo momento surgem novas pesquisas atestando o valor de mais uma substância para otimizar as funções cerebrais. Selecionamos algumas delas.

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